Às vezes pergunto-me "que raio de país é este?".
No outro dia foi isto mesmo que me perguntei depois de ter sido abordada, pertinho de minha casa, por um senhor que estava a pedir dinheiro para pagar o funeral do filho. Trazia um documento em papel azul de 25 linhas a atestar a veracidade do que dizia.
Nem li bem o papel pois fiquei siderada. Não queria acreditar naquilo.
e pergunto-me: Que país é este em que um pai tem que andar a pedir, de porta a porta, para pagar o funeral do filho? Esta situação não é a ele que degrada, mas sim a nós, a esta freguesia, concelho, cidade, país, a n´so enquanto "todo". A falta de dignidade a todos atinge.
E se, como me passou pela cabeça, o fulano estava a mentir? aí a questão é "que raio de país é este em que há quem invente uma coisa desta?
Desta vez, não achei sequer importante saber se estava ou não a ser enganada, se era ou não verdade. Preferi correr o risco de ser enganada do que deixar de contribuir para esta causa.